segunda-feira, 8 de março de 2010

O que acontece durante a avaliação Neuro-Oftalmológica?



1 – A avaliação Neuro-oftalmológica é um dos exames médicos mais completos que você já terá realizado. Eventualmente, pode demorar algumas horas até ser concluído.

Você será solicitado a relatar seu problema atual e seu histórico médico completo, incluindo internações anteriores, cirurgias, doenças graves, problemas de saúde em membros de sua família e alergias medicamentosas.

2 - Você fará um exame oftalmológico completo. Isto pode incluir o teste da sua visão periférica (teste de campo visual).

3 - Você poderá ter de realizar um exame neurológico completo ou parcial, que testará sua força, seus sentidos e sua coordenação.

4 - O Neuro-oftalmologista irá examinar os exames e as ressonâncias anteriores, se necessário em seu caso.

5 - Depois do exame, o Neuro-oftalmologista irá discutir o diagnóstico (ou diagnósticos possíveis), a necessidade de exames adicionais e os possíveis tratamentos.

* Texto baseado em descrição da NANOS - North American Neuro-Ophtalmology Society

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Preparando-se para uma avaliação Neuro-oftalmológica



1 – Peça a seus médicos que enviem, antes da consulta, todas as informações relevantes para o Neuro-oftalmologista, incluindo observações clínicas, os resultados dos exames laboratoriais e os relatórios de tomografias e ressonâncias magnéticas.

2 - Se você já realizou uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética, organize-se para localizar os exames originais e trazê-los com você, ou envie-os por correio para o Neuro-oftalmologista previamente a sua consulta.

3 - Você provavelmente terá suas pupilas dilatadas durante a consulta. O efeito do colírio dura cerca de 4 horas e fará as coisas parecem brilhantes e borradas quando vistas de perto. Peça a alguém que traga-o à consulta e não esqueça seus óculos de sol.

4 - Para as mulheres, é importante que não usem maquiagem no dia da consulta. Assim, o médico poderá analisar adequadamente suas pálpebras e evitar borrar a maquiagem após a aplicação do colírio.

5 - Traga uma lista completa dos medicamentos que você está utilizando, incluindo o nome e dosagem de prescrição. Não esqueça também de anotar os remédios sem prescrição médica que você eventualmente esteja utilizando.

* Texto baseado em descrição da NANOS - North American Neuro-Ophtalmology Society

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O que é um Neuro-oftalmologista?



Neuro-oftalmologistas tratam dos problemas visuais relacionados ao sistema nervoso, ou seja, problemas visuais não necessariamente originados a partir dos próprios olhos. O ser humano usa mais da metade do cérebro para atividades relacionadas à visão, incluindo a própria visão e o movimento dos olhos.

A Neuro-oftalmologia, uma subespecialidade tanto da neurologia como da oftalmologia, requer treinamento especializado e experiência nos problemas dos olhos, cérebro, nervos e músculos extraoculares (ou seja, os músculos que mexem os olhos).

Os Neuro-oftalmologistas completam ao menos 5 anos de treinamento clínico depois do curso de medicina e são normalmente certificados em neurologia, oftalmologia, ou em ambas especialidades.

Apesar de alguns problemas vistos por Neuro-oftalmologistas não serem preocupantes, alguns quadros clínicos podem piorar e vir a causar a perda visual permanente, ou, até mesmo, tornarem-se fatais. Às vezes, o problema está restrito ao nervo óptico ou ao sistema nervoso; outras vezes, pode estar relacionado a doenças sistêmicas.

Neuro-oftalmologistas têm competências únicas para avaliar os pacientes dos pontos de vista neurológico e oftalmológico; e também para diagnosticar e tratar de uma ampla variedade de problemas e sintomas que normalmente estão relacionados às duas especialidades. Ao consultar-se inicialmente com um Neuro-oftalmologista, muitas vezes, pode-se evitar a realização de exames médicos caros devido aos profundos conhecimentos deste tipo de profissional.

Alguns dos problemas comuns avaliados por Neuro-oftalmologistas incluem:
I) problemas do nervo óptico (como a neurite óptica e a neuropatia óptica isquêmica);
II) perda do campo visual;
III) perda inexplicada da acuidade visual;
IV) perda visual transitória;
V) distúrbios visuais;
VI) visão dupla (diplopia);
VII) movimentos anormais dos olhos (nistagmo, opsoclonus, etc);
VIII) doenças oculares causadas por distúrbios da tireóide (Doença de Graves);
IX) a miastenia gravis;
X) tamanho desigual das pupilas (anisocoria);
XI) e as anomalias da pálpebra (ptose palpebral, retração palpebral, etc).

* Texto baseado em descrição da NANOS - North American Neuro-Ophtalmology Society

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Livro digital falado



Com a ajuda da tecnologia, os cegos podem redescobrir o prazer da leitura.

O Ministério da Educação do Brasil lançou em 24/06 o programa MecDaisy, que permite transformar qualquer formato de texto disponível no computador em texto digital falado.

Com o uso do software é possível a produção de livros em formato digital e a geração de livros digitais falados e sua reprodução em áudio - gravado ou sintetizado.

O padrão do MecDaisy apresenta várias facilidades de navegação e edição do texto. Entre outros recursos, permite a impressão de texto em Braile e a leitura em caracteres ampliados.

Além de permitir às pessoas com deficiência visual ou física que possam ter acesso à leitura sob a forma de áudio e texto digital, também está disponível a metodologia para geração de livros neste padrão (que poderá ser utilizada gratuitamente).

Para maiores informações, acesse o site do projeto.

domingo, 28 de junho de 2009

Diplopia



Chamada popularmente de visão dupla, é a percepção de enxergar duas imagens a partir de um único objeto presente no campo de visão do observador.

É um sintoma desconfortável e angustiante referido pelo paciente como “a existência de uma imagem verdadeira e outra falsa”.

As causa mais frequentes de diplopia são de origem muscular ou nervosa. Dentre as doenças que causam diplopia de origem muscular estão a Miastenia Gravis e a Oftalmopatia de Graves.
As alterações nervosas que mais frequentemente causam diplopia são: a paralisia do VI nervo craniano - que causa diplopia horizontal (uma imagem ao lado da outra) - e a paralisia do IV nervo craniano - que causa diplopia vertical (uma imagem acima da outra).

A paralisia do VI nervo pode ser causada por isquemia associada a diabetes ou hipertensão arterial. Também se associa a traumatismos cranianos e, menos frequentemente, com tumores do Sistema Nervoso Central (SNC).

A paralisia do IV nervo pode ser de origem isquêmica ou traumática (esta última especialmente em crianças). Poucas vezes se associa com tumores do SNC.

A resolução da diplopia pode ser espontânea em alguns casos. Na maioria das vezes, é necessário realizar alguma intervenção que pode ser: exercícios ortópticos, óculos com prismas, tratamento específico da Miastenia ou da Oftalmopatia de Graves, toxina botulinica e, finalmente, cirurgia.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Doença de Harada



Também chamada de Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada ou uveomeningite inflamatória.

É uma doença autoimune que afeta a camada intermediária do olho chamada de úvea.

A doença inicia com dor ocular bilateral leve e olhos vermelhos simulando uma conjuntivite. Com o passar dos dias, a visão começa a ficar borrada, podendo chegar ao ponto em que o paciente passe a enxergar apenas vultos.

Idealmente, ao perceber-se a presença de vermelhidão nos olhos, um médico oftalmologista deve ser consultado. Piorando os sintomas, em 48 horas, deve ser realizado novo exame oftalmológico, incluindo exame de fundo de olho sob dilatação pupilar.

As conjuntivites bacterianas normalmente melhoram dentro de 48 horas com o uso de colírio antibiótico. Por sua vez, a melhora dos sintomas das conjuntivites virais costuma ser mais demorada. Em ambos os casos os pacientes dificilmente reclamam de redução da acuidade visual. Já a vermelhidão dos olhos causada pela doença de Harada não melhora com colírios e deve ser tratada com corticóides endovenosos.

O tempo de recuperação é variável, podendo chegar a demorar algumas semanas. O tratamento, uma vez efetuado, se mantém por vários meses.

Lembrando o escopo de atuação de nosso blog (a interdisciplinariedade das doenças oftalmológicas), essa é uma doença onde deve haver o acompanhamento concomitante por médicos oftalmologistas e reumatologistas.

domingo, 31 de maio de 2009

Oftalmopatia de Graves



É uma doença autoimune que atinge os olhos e os tecidos periféricos aos olhos (gordura, músculos extraoculares, glândula lacrimal), que encontram-se alojados nas órbitas.

Está associada a alterações da tireóides (glândula localizada no pescoço). Em muitos casos, o paciente não sabe que a tireóides está desregulada (e descobre em função dos exames oftalmológicos).

O paciente começa sentindo sensação de olho pesado e vermelho. Outras vezes, amanhece com o olho "saltando para fora", chamado de exoftalmia ou proptose. Em outras ocasiões, apresenta visão dupla, também conhecida como diplopia.

A doença, quando se manifesta, tem um período inflamatório que dura em média 2 anos. Durante este período, devem ser realizados exames oftalmológicos e, quando necessário, fazer tratamento.

O tratamento da oftalmopatia de Graves deve ser sempre realizado em conjunto por médicos oftalmologistas e endocrinologistas.

Os tratamentos atualmente empregados são:
- Controle rigoroso do funcionamento da tireóides;
- Lubrificação ocular;
- Dormir com a cabeça elevada para evitar inchaço matinal;
- Uso de corticóides orbitáros
- Uso de corticóides sistêmicos.