terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O que é um Neuro-oftalmologista?



Neuro-oftalmologistas tratam dos problemas visuais relacionados ao sistema nervoso, ou seja, problemas visuais não necessariamente originados a partir dos próprios olhos. O ser humano usa mais da metade do cérebro para atividades relacionadas à visão, incluindo a própria visão e o movimento dos olhos.

A Neuro-oftalmologia, uma subespecialidade tanto da neurologia como da oftalmologia, requer treinamento especializado e experiência nos problemas dos olhos, cérebro, nervos e músculos extraoculares (ou seja, os músculos que mexem os olhos).

Os Neuro-oftalmologistas completam ao menos 5 anos de treinamento clínico depois do curso de medicina e são normalmente certificados em neurologia, oftalmologia, ou em ambas especialidades.

Apesar de alguns problemas vistos por Neuro-oftalmologistas não serem preocupantes, alguns quadros clínicos podem piorar e vir a causar a perda visual permanente, ou, até mesmo, tornarem-se fatais. Às vezes, o problema está restrito ao nervo óptico ou ao sistema nervoso; outras vezes, pode estar relacionado a doenças sistêmicas.

Neuro-oftalmologistas têm competências únicas para avaliar os pacientes dos pontos de vista neurológico e oftalmológico; e também para diagnosticar e tratar de uma ampla variedade de problemas e sintomas que normalmente estão relacionados às duas especialidades. Ao consultar-se inicialmente com um Neuro-oftalmologista, muitas vezes, pode-se evitar a realização de exames médicos caros devido aos profundos conhecimentos deste tipo de profissional.

Alguns dos problemas comuns avaliados por Neuro-oftalmologistas incluem:
I) problemas do nervo óptico (como a neurite óptica e a neuropatia óptica isquêmica);
II) perda do campo visual;
III) perda inexplicada da acuidade visual;
IV) perda visual transitória;
V) distúrbios visuais;
VI) visão dupla (diplopia);
VII) movimentos anormais dos olhos (nistagmo, opsoclonus, etc);
VIII) doenças oculares causadas por distúrbios da tireóide (Doença de Graves);
IX) a miastenia gravis;
X) tamanho desigual das pupilas (anisocoria);
XI) e as anomalias da pálpebra (ptose palpebral, retração palpebral, etc).

* Texto baseado em descrição da NANOS - North American Neuro-Ophtalmology Society